segunda-feira, 27 de junho de 2011

XVII


Ele era brabo
Mais brabo que lampião do norte 
Pensando que era forte
Começou a falar


Dizendo que era cabra destemido
Pior que coice de boi bandido
Deveras o mais temido
De longe o mais valente
Sua bala a mais potente
E sua face de amedrontar


Acabava tudo que tinha no seu caminho
alone, vivia sempre sozinho
Sua cabeça era seu guia
ao retrato da miséria vivida
a dor jámais  foi esquecida
A paz ele nunca há de encontrar 


Mas o homen veio a fraquejar
Diante de uma linda donzela
Dizendo que ela era bela
Mais bela que flor do norte
Pensando que tivesse sorte
Sua boca tentou beijar


Mas foi quando ele se ferrou
Que a filha era do promotor
um tiro na cabeça ele levou
E ninguém no seu enterro vai chorar


Nunca ouvi tão empolgante cantar
Que me cantaste nessa roça
Mas agora vou me dessa joça
Para nunca mais voltar


                                                                                    Luan.

Nenhum comentário:

Postar um comentário